Primeiro temos que entender o que é o Corpo Místico de Cristo. Jesus fala de uma comunhão íntima com Ele, dizendo: “Permanecei em mim, como eu em vós... Eu sou a videira, e vós os ramos” (Jo 15,4-5). E anuncia uma comunhão misteriosa e real entre o seu próprio corpo e o nosso: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,56).
O Catecismo nos ensina a crer na comunhão de todos os fiéis de Cristo, tanto dos que são peregrinos na terra, quanto dos defuntos que estão terminando sua purificação e dos bem-aventurados no céu, formando uma só Igreja, ou seja, o Corpo Místico de Cristo.
Reconhecendo essa comunhão entre os fiéis, inclusive aqueles que já faleceram, a Igreja terrestre venera com grande piedade a memória dos defuntos. Quando Ela ensina que devemos rezar pelos mortos, faz isso com base nas Sagradas Escrituras, que diz: “É um pensamento santo e sadio rezar pelos defuntos para que sejam perdoados os seus pecados”. (II Mc 12,46)
O que a Igreja diz sobre o purgatório?
Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, passam, depois da morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar no Céu e ver a Deus face a face.
A Tradição Apostólica encontra nas Sagradas Escrituras a referência para a doutrina do Purgatório. Jesus Cristo diz: “Se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem no presente século, nem no século futuro”.
Como ninguém vive por vários séculos, quando Jesus diz séculos futuros, Ele se refere à morte. Então, se existem pecados que não serão perdoados depois da morte, é porque existem aqueles que serão, como as faltas leves, por exemplo. Ao estado de perdão, ou purificação, desses pecados, depois da morte, é que chamamos purgatório.
Ao olharmos para a história, vemos que desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sacrifícios em seu favor, em especial o Sacrifício Eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus.
“Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles” - São João Crisóstomo, Doutor da Igreja
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
É válido rezar pelos mortos?
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